Você publicou um livro e esqueceu da ficha catalográfica? Parabéns, agora sua obra é um fantasma bibliográfico. Mas calma que ainda tem salvação.
Descubra o que é ficha catalográfica sem enrolação técnica
A ficha catalográfica é aquele quadradinho chique no verso da página de rosto dos livros (sim, aquele monte de texto com nome, assunto, código e afins) que transforma sua obra numa entidade viva nos sistemas de bibliotecas, livrarias e distribuidoras.
Ela é como a certidão de nascimento bibliográfica do seu livro.
E você precisa dela por dois motivos:
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Organização e indexação: para que bibliotecas, escolas e livrarias saibam classificar corretamente sua obra.
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Respeitabilidade: porque um livro sem ficha catalográfica é como um carro sem placa: até anda, mas ninguém leva a sério.
O que você vai aprender neste artigo
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O que exatamente é a tal da ficha catalográfica
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Se ela é obrigatória (spoiler: depende)
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Como emiti-la de forma gratuita ou paga
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Onde colocar no seu livro
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Como evitar erros comuns que te fazem parecer amador
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Dicas para autores da Amazon KDP
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Modelos e exemplos para você copiar sem medo
O que é ficha catalográfica? A explicação sem biblioteconomia chata
A ficha catalográfica é um bloco de informações padronizadas que seguem as regras do Código de Catalogação Anglo-Americano (AACR2) e da Classificação Decimal de Dewey (CDD).
Ela inclui dados como:
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Nome do autor
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Título da obra
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Número de páginas
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Assuntos tratados (palavras-chave)
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Código da classificação (CDD)
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Nome do organizador, ilustrador ou tradutor (se houver)
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Local e ano da publicação
Tudo isso apresentado em um quadrinho que normalmente vem no verso da folha de rosto (aquela logo após a capa interna).
A ficha é obrigatória? A resposta curta: não. A resposta longa: é melhor ter.
A ficha não é obrigatória por lei para livros autopublicados ou impressos sob demanda, como os da Amazon KDP.
Mas ela é altamente recomendada se você:
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Quer vender em livrarias físicas ou online com cadastro bibliográfico
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Deseja enviar o livro para bibliotecas, escolas ou editais públicos
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Pretende parecer profissional e não amador com um PDF diagramado no Word
Se você quer que seu livro seja levado a sério, tenha ficha catalográfica.
Como emitir sua ficha catalográfica (opções gratuitas e pagas)
1. Ficha catalográfica gratuita (UFRGS, UFPR, editoras públicas)
Algumas universidades oferecem o serviço gratuitamente, inclusive para autores independentes. Entre as mais conhecidas:
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Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS): oferece formulário online para emissão gratuita.
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Universidade Federal do Paraná (UFPR): processo parecido, com análise feita por bibliotecários do sistema.
Esses serviços podem demorar alguns dias, mas têm qualidade excelente e são 100% confiáveis.
2. Ficha catalográfica paga (profissionais freelancers e empresas)
Se estiver com pressa ou quiser um serviço sob demanda, pode contratar um bibliotecário autônomo.
Preço médio: de R$ 50 a R$ 150, dependendo da urgência e da complexidade da obra.
Você vai precisar enviar:
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Dados completos do livro (título, subtítulo, nome do autor, quantidade de páginas)
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Palavras-chave ou temas abordados
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Nome do organizador/tradutor, se houver
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Nome da editora (mesmo que seja sua marca pessoal)
Onde a ficha catalográfica deve ser inserida no seu livro?
No miolo do livro, logo no verso da folha de rosto, antes do sumário.
Formato padrão:
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Fonte Courier ou Arial tamanho 10
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Caixa de texto com bordas
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Alinhamento à esquerda
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Espaçamento simples
Você pode pedir que o bibliotecário te envie a ficha já diagramada para colar no seu arquivo.
Ficha catalográfica no KDP da Amazon: preciso mesmo?
A resposta curta: não é obrigatório.
Mas melhora a percepção do leitor e agrega valor à sua edição impressa, especialmente se você usa o Print-on-Demand da Amazon.
E caso você envie seu livro para concursos, feiras literárias ou distribuidoras, ter ficha catalográfica é um diferencial que mostra que você sabe o que está fazendo.
3 erros comuns ao criar ou ignorar a ficha catalográfica
❌ Usar um modelo aleatório da internet
Copiar e colar uma ficha sem entender os códigos é o caminho mais rápido para fazer feio. Só um bibliotecário pode atribuir corretamente a classificação decimal e os campos obrigatórios.
❌ Colocar a ficha em lugar errado
Nada de enfiar a ficha no final do livro ou na contracapa. O local certo é no verso da folha de rosto.
❌ Esquecer de atualizar dados
Mudou título, paginou diferente, inseriu organizador? A ficha antiga já não serve. Peça outra.
Modelos prontos e onde encontrar serviços confiáveis
Se você quer agilidade, pode usar serviços como:
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Universidades públicas com formulário online
E se quiser ver um modelo de ficha pronta, recomendo olhar livros de editoras tradicionais. Pegue aquele seu exemplar da Companhia das Letras e vá direto ao verso da folha de rosto. Aquilo é o padrão.
Conclusão: a ficha catalográfica é pequena, mas poderosa
Ela pode parecer só um quadradinho técnico no seu livro… mas carrega o peso de profissionalismo, legitimidade e alcance.
Ignorar a ficha catalográfica é como subir num palco e esquecer o microfone ligado: ninguém te ouve direito — mesmo que o texto seja bom.