Você terminou seu livro, criou sua persona de escritor, já tá quase vendendo a alma por cinco estrelas na Amazon… mas bateu a dúvida que faz qualquer autor repensar a certidão de nascimento:
“Será que meu nome real é bom o suficiente? Devo usar um nome artístico? Pseudônimo? Codinome de guerra literária?”
Calma. Respira.
Antes de rebatizar a si mesmo como “L. T. Darkmoon” ou “J. Xavier Bravanel”, vamos entender o que realmente importa ao escolher um nome pra assinar sua obra.
Primeiro: Você precisa mesmo de um nome artístico?
✅ Use seu nome real se:
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Você quer construir autoridade pessoal
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Escreve não-ficção, autoajuda, biografia, crônicas pessoais
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Vai usar sua imagem em redes sociais, entrevistas e eventos
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Seu nome é fácil de lembrar, pronunciar e buscar no Google
Exemplo: Tullio Dias — curto, sonoro, fácil de googlar. Boa sorte esquecendo esse nome.
❌ Pense em pseudônimo se:
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Seu nome já é usado por alguém famoso (ex: você se chama João Gilberto)
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Você escreve gêneros MUITO diferentes e quer separar públicos
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Quer privacidade total (olá, Elena Ferrante)
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Tem um nome que parece senha de Wi-Fi ou função matemática (José X. L. de Carvalho Neto Júnior III)
Tipos de nome artístico (e o que eles comunicam)
🧠 Pseudônimo literário clássico
Ex: George Orwell (Eric Arthur Blair), J. K. Rowling
👉 Comunica tradição, intelectualidade, uma identidade literária forte
💡 Ideal pra quem escreve ficção literária, fantasia, thriller, ficção histórica
😎 Nome comercial ou de palco
Ex: Paulo Coelho, Colleen Hoover, Stephen King
👉 Simples, direto, funciona em qualquer língua
💡 Ótimo pra quem quer vender livros como produto — sem complicar
🤫 Nome secreto (total anonimato)
Ex: Elena Ferrante, Piper CJ (por um tempo), ou autores de dark romance que não querem ser reconhecidos em jantares de família
👉 Protege sua vida pessoal e permite liberdade criativa
💡 Perfeito pra gêneros sensíveis, confissões, temas polêmicos ou tabus
👩💼 Nome funcional (sobrenome + iniciais)
Ex: A. J. Finn, L. M. Montgomery, R. F. Kuang
👉 Misterioso, neutro, versátil
💡 Pode ser lido por qualquer público. Evita preconceito de gênero, nacionalidade ou etnia
O que considerar antes de escolher seu nome de autor
1. Memorabilidade
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É fácil de lembrar?
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Tem musicalidade? (Dica: nomes com ritmo de 2 ou 3 sílabas costumam grudar)
2. Disponibilidade
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Já tem domínio .com disponível?
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Já existe alguém no Instagram, Amazon ou Spotify com esse nome?
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É fácil de achar no Google… ou compete com uma marca de sabão em pó?
3. Coerência com o seu gênero
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Se você escreve terror, “Lúcia Cristal” pode não passar a vibe.
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Se escreve livros eróticos, talvez “Carlos Alberto” não seduza tanto.
Seu nome é uma promessa sutil. Ele diz ao leitor o que esperar — antes mesmo da capa.
E se você escrever em mais de um gênero?
Crie selos separados. É isso.
Exemplo:
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Romance contemporâneo = nome real
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Fantasia épica = pseudônimo estilizado
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Hot literário com vampiros = nome misterioso com sobrenome italiano fake
👉 Isso evita que um fã de poesia lírica compre por engano um livro sobre apocalipse zumbi lésbico com cenas +18.
Mas e o SEO? Nome artístico influencia?
Sim. Muito.
Seu nome precisa ser pesquisável, ranqueável e associável à sua obra.
🔍 Dicas:
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Teste no Google e Amazon antes de definir
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Evite nomes genéricos como “Ana Clara Silva” (você vai sumir no algoritmo)
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Considere um sobrenome único, uma sigla ou uma combinação inventada
Conclusão: O nome não faz o escritor, mas ajuda pra c******
Você pode ser genial com qualquer nome — mas um nome bem escolhido abre portas, gera curiosidade e marca território.
📌 Dica final: escreva com o coração, mas assine com estratégia.